Posts Tagged ‘teatro’

Expresso Rural em Itajaí

outubro 30, 2008

No próximo dia 16 de novembro o Expresso Rural volta para Itajaí para mais um show da sua volta aos palcos. Priorizando apresentações em teatros e lugares um pouco mais bem preparados, o Expresso Rural já tocou em teatros nas cidades de Lages, Florianópolis, Criciúma e Itajaí. A banda está lançando também o cultuado “Nas Manhãs do Sul do Mundo”, primeiro disco da banda lançado originalmente em 1983 no formato CD remasterizado. Uma beleza mesmo. Em Itajaí o show será no Teatro Municipal de Itajaí, um dos mais modernos do Estado e também que melhor abriga o povo. 

Em Itajaí os ingressos custarão R$ 40,00 inteira e R$ 20,00 meia entrada. 

Hoje, dia 30, é a vez de Floripa, no CIC, ver novamente o Expresso Rural.

Mais informações sobre a banda e compra de CDs.

www.expressorural.com.br

Expresso Rural faz show em Blumenau

junho 2, 2008

Em 2007, uma das boas notícias da música catarinense foi a volta do Expresso Rural ou Grupo Expresso, como alguns conheceram. Eu tive a oportunidade de ver a emocionante volta no dia 03 de outubro, no teatro do CIC em Floripa e depois o show em Itajaí. Desde então, a banda fez planos para a gravação de um DVD que infelizmente ainda não saiu, mas equanto isso, o Expresso Rural faz seu primeiro show em Blumenau na sua volta. O show será no teatro Carlos Gomes, o mais tradicional do Estado. Confir o cartaz.

 

Itajaí em Cartaz encerra com peça de Rio do Sul

maio 15, 2008

 

 

Termina neste domingo, dia 18, o 2º Itajaí em Cartaz. A mostra de teatro reuniu desde a última segunda-feira grupos de Itajaí, Rio do Sul e Florianópolis. O evento é realizado através da Lei Municipal de Incentivo à Cultura e tem o objetivo de estimular a produção teatral local e aproximar a comunidade desta arte. O encerramento da mostra será neste domingo, a partir das 20 horas, no Teatro Municipal de Itajaí com o espetáculo “O Incrível Ladrão de Calcinhas”, da Trip Teatro de Bonecos, de Rio do Sul.

 

Mas neste sábado também haverá espetáculos. Às 14 horas será apresentado Romiau & Julinha, da Cia. Mútua, um espetáculo do tipo Lambe-lambe que é apresentado para uma ou duas pessoas por vez e tem cerca de dois minutos de duração cada, com ingressos a apenas R$ 2,00 por pessoa. Já às 15 horas a Cia. Cálice entra em cena com  “Adivinhe quem Vem lá! É o Boitatá!”.

 

No sábado a noite, às 20 horas será a vez da peça “Bailei na Curva”, da AECA (Alunos do Exercício Cênico Anchieta). E no domingo, às 19 horas, antecedendo o espetáculo de encerramento será apresentada mais uma peça do tipo Lambe-lambe: “Maria do Cais”, da Cia. Andante. Os ingressos estão à venda na bilheteria do Teatro Municipal de Itajaí a R$ 10. Estudantes, idosos e professores sindicalizados no SINPRO pagam apenas R$5.

 

SINOPSE

O Incrível Ladrão de Calcinhas: Uma história de detetives baseada no estilo do Cine Noir, caracterizado por filmes tipo “B” das décadas de 40 e 50, onde a falta de caráter e o crime são as marcas mais presentes. O escritório do Detetive Bill Flecha é procurado por Srta. Velda, uma “mulher-fatal” que tem sua “peça íntima” roubada e pagará qualquer quantia para tê-la de volta. O que parecia um crime banal dá origem a uma série de outros crimes violentos, onde todos são suspeitos até que se prove o contrário, ou até que seus corpos sejam encontrados em algum beco escuro. Inspirado na vida e obra de Dashiell Hammett, considerado o pai da literatura policial moderna, o espetáculo utiliza uma técnica de construção de bonecos pouco conhecida no Brasil, à partir de modelos desenvolvidos por Hansjürgen Fettig em seu livro “Rod-Puppets & Table-Top Puppets (Standing Figures). A cenografia foi inspirada no “Expressionismo Alemão”, movimento artístico que contribuiu para o surgimento do Cine Noir.

Saiba mais: itajaiemcartaz2008.wordpress.com

 

Resenha: Casa de Orates/ Itajaí – 19/04/08

abril 22, 2008

Abriram os portões do hospício

Felipe Damo, especial para o blog Mundo 47 

 

Sábado é um dia sempre repleto de possibilidades. Era o dia ideal para assistir ao show da Trupe Sonora Casa de Orates, uma mistura contemporânea de Mutantes, Secos e Molhados e Jethro Tull. Tudo bem, rotular não é legal, mas foi uma pista para tentar aproximar o leitor dos caras que encheram pela segunda vez o Teatro Municipal de Itajaí, que não é pequeno, e receberam os aplausos em pé de uma platéia diferente, mas bastante motivada.

Com um som mais pra mambembe medieval do que para rock psicodélico – quem discordar que vá ouvir Jefferson Airplane e depois a gente conversa – o show da Casa de Orates ganha pelo conjunto. É bem montado e dentro daquilo que a que se propõe, levar o espectador a uma viagem musical pelo mundo dos sonhos, os caras mandam bem. Usam com maestria os artifícios cenográficos, dentro de uma linguagem teatral que confere ao espetáculo uma noção de começo, meio e fim (???). Em resumo, dá pra se divertir numa boa além de ver algo no mínimo diferente do que se encontra aí pelo mainstream.

Mas, vamos falar das músicas, já que não se trata de um grupo teatral nem de uma companhia de ballet clássico. As letras são uma doideira que deixariam Syd Barrett com cara de careta. Pronto, falei. Contam histórias de sonhos, de viagens existenciais e de outras bizarrices. No meio da apresentação um deslize: rimaram “papel” com “léu”. Ô, pessoal, que coisa mais Sérgio Reis! Ele já usou essa rima lá na década de sessenta em Coração de Papel! Mas tudo bem, pula. Como diria meu amigo Flávio, “rima com rima, comi tua prima!”. Uma coisa interessante, durante o show você não sabe muito o que é música e o que é roteiro do espetáculo, os caras vão tocando, vão cantando, vão falando, e você vai sendo levado. Gostei disso.

 Já as melodias podem ser conferidas no site da banda http://www.casadeorates.com.br , onde ainda é possível baixar os arquivos em mp3 e comprar o cd “O Artesão dos Sonhos”. O grande destaque e diferencial da banda no aspecto melodia é uma maldita flauta que fica tocando dentro da tua cabeça horas depois do show terminar. A combinação flauta com rock progressivo (argh, pros chatos progressivos!!) até que ficou legal. Foi usada na medida certa, sem abuso. No mais, foi um belo espetáculo. É sempre bom ver crianças, jovens e pessoas de mais idade curtindo música de verdade. Embora o show fosse gratuito, fiquei com aquela impressão de que não joguei fora o dinheiro do ingresso.

 Em tempo: a abertura do show ficou por conta do cada-vez-mais-versátil-multi-artista-e-quase-super-herói Rafaelo de Góes e de Mano, o polegar cantor (mas também, quem vocês esperavam que fosse abrir a porta do manicômio, hein?)

 

Dramophones lança seu projeto “Convida”

abril 16, 2008

Assim como várias bandas do independente brasileiro, os riosulenses do Dramaphones, lançam o seu projeto Dramaphones Convida. Nesta primeira edição do projeto, a banda está priorizando convidados catarinas, como os conterrâneos da excelente banda Liss; os meso conterrâneos da Z? de Floripa e os decanos da banda Calvin, de Timbó. O evento dos Dramaphones em Rio do Sul acontecerá no próximo dia 10 de maio, sabadão, no Ponto de Cultura Anima Bonecos. A fextênha róque no Alto Vale terá início às 21h. O Dramaphones está prestes a lançar seu primeiro EP, mas garante que no show do dia 10 vai tocar as novas músicas.

Já na área dos convidados, a banda Calvin vai mostrar o que faz já há 10 anos. Esses dias mesmo eu tava falando com o Kaiser, da Barba Ruiva, que faz parte da banda. Não é qualquer banda que fica junta por 10 anos. Depois o pessoal da Liss, indie rock de qualidade e que foi com muito mérito uma das melhores bandas do Claro que é Rock de 2006. Não ganharam mesmo, pois rolou marmelada. Para finalizar a noite, a Z? de Florianópolis, que reúne os riosulenses Doug Herd e Ricardo Seola, que fez um excelente álbum em 2006 e está agora se aprontando para novas gravações.

Conheça as bandas:

http://www.myspace.com/lisscombr

http://www.z-online.com.br

 

www.myspace.com/bandacalvin

www.myspace.com/dramaphones

João Gilberto volta aos palcos do Brasil depois de 10 anos

abril 15, 2008

O linguinha está de volta: shows em SP, RJ e Salvadô, meu rei…

Ele está de volta. Depois de dizer que vaia de bêbado não vale, o mestre da bossa nova, criador do estilo, João Gilberto, estará de volta ao Brasil em agosto para três shows. Para variar, Rio, São Paulo e a sua Salvador, terra natal. Há 10 anos ele não pisava num palco brasileiro para um show e suas apresentações por aqui se aterão a shows em teatro. Nada de casas como não sei o que hall, que levam gente que ao mesmo tempo toma goró.  O som de João, apesar de ser acóolico e destilado (ouvir bossa nova de cara num tem graça), não serve para grandes platéias. Em 1998 ele teve que fazer carinha feia durante um show que inaugurou uma casa de shows em SP. Entre convidádos que estavam posando para fotos de Caras, Bocas e Bundas, João ficou nervosinho e deu piti e ficou putinho da vida com a platéia, que o vaiou. Os sem noção ainda tiveram a petulância de caçoar com o véio da bossa. Mais calmo, ele deve ter apresentações concorridíssimas nestas cidades, principalmente na Bahia, sua terra madre.

O público poderá ouvi-lo ao vivo em quatro oportunidades: dias 14 e 15 de agosto, no Auditório Ibirapuera, na capital paulista; dia 24 de agosto, no Theatro Municipal carioca; e dia 5 de setembro, no Teatro Castro Alves, em Salvador. A venda de ingressos será anunciada em breve

Etapa 48 do Femic na noite de ontem

abril 10, 2008

Não estava planejado, mas ontem, na companhia do multi-instrumentista Evandro Hasse e das jornalistas Natália Uriarte e Fabrícia Prado, estive no Teatro Álvaro de Carvalho para assistir a semi-final do Femic – etapa grande Florianópolis.

Há muito tempo que eu não entrava no TAC e direto do backstage, já dei de cara com vários conhecidos. O primeiro foi o mestre Arnou de Melo, um dos melhores baixistas do Estado e que toca na banda base do Femic. Depois fui encontrando a cacalhada das bandas 48. Os irmãos do Da Caverna, Jean Mafra do Samambaia Sond Clube, Luciano Bilú da banda de apoio do Femic, o pessoal do Gubas e Os Possíveis Budas, Ulysses Dutra da banda Coletivo Operante, figuras do meio róque – em especial do Clube da Luta – que estavam participando da semi final.

Foi bacana ir e ver que o róque estava presente no Femic, várias bandas, muita pegada, muito bom mesmo. O Evandro Hasse, que acompanhou a filha do Alegre Corrêa, também mandou muito bem no som composto por Alegre e interpretado pela moça. Mas foi o pagode que levantou o pequeno público do TAC. Num estilo Zeca Pagodinho, um pagode/samba que falava sobre Anjo Gabriel, foi a grande sensação da noite. Muitos fãs do cantor estavam nas fileiras e fizeram coro no refrão.

Logo depois do momento pagode, o Coletivo Operante subiu e fez uma apresentação boa. Meu primo, o Ulysses Dutra, mandou bem roncando a sua Fender. Um tiozinho da ala do pagode, que estava próximo do meu lugar, bradou a habilidade na guitarra do guri.

Não fiquei até o final e não consegui ver as últimas apresentações, mas consegui assistir a impagável Fuck Fuck, do trio de irmãos do Da Caverna. Os piás de São Pedro de Alcântara, fizeram um rock malaco que fala sobre a arte de dar uma furunfada dentro de um fusca. A canção mais original da noite, com certeza.

Nos dias 24 e 25 de abril acontecerá no Teatro do CIC a grande final com todos os classificados pelo Estado. A região dos 48 ficou com cinco vagas.

Belas imagens do show de Bárbara Damásio

abril 9, 2008

Aqui no Mundo47, a jornalista  Fabrícia Prado fez um belo texto sobre o show de Bárbara Damásio, que rolou no último domingo no Teatro Municipal de Itajaí. Agora vou postar o link do blog de Guilherme Meneghelli, que clicou imagens fantásticas do show da cantora de Itajaí. Confira!

Resenha: Bárbara Damásio canta Chico – 06/04

abril 7, 2008

A jovem cantora Bárbara Damásio, 21 anos, de Itajaí, subiu ao palco do Teatro Municipal na noite deste domingo para mais uma edição do seu “Bárbara canta Chico”. Quem esteve no Municipal teve a chance de ouvir uma das mais belas vozes da região, que com o tempo e trabalho pode ser destaque em todo país.

Se no repertório de Chico Buarque sobram composições espetaculares e populares que facilitam a escolha do repertório para uma homenagem com garantia de sucesso, certamente não é qualquer artista que consegue interpretá-las com a qualidade que Bárbara o fez.

Além disso, a cantora resolveu fugir das mais convencionais, e claro, não menos brilhantes composições de Chico. Bárbara foi extremamente feliz na escolha das canções. Quem já teve a oportunidade de vê-la cantando há algum tempo e assistiu ao show deste domingo, certamente percebeu o amadurecimento da cantora, que aos poucos vai abandonado o esteriótipo “gritante” das jovens cantoras da MPB – que mais parecem cópias em série de Elis Regina – e assumindo um estilo próprio, “gastando” sua voz na medida certa, o que como uma mera ouvinte de MPB considero raro e o mais difícil de se ouvir.

Os convidados também foram uma escolha acertadíssima. Com uma irreverência e com um estilo mais do que próprio de interpretar a passagem de Chico Preto pelo palco foi veloz, mas marcante. Não só pela interpretação irreverente e divertidíssima em “Biscate”, mas também porque livrou Bárbara do nervosismo aparente do início da apresentação. O mesmo aconteceu com a entrada de Giana Cervi no palco. Giana – que dispensa qualquer comentário – tem uma presença de palco contagiante o que mais uma vez contribuiu para que Bárbara relaxasse.

O que faltou? Na minha visão faltou direção e comunicação com a platéia. As canções poderiam ser melhores distribuídas. Houve uma seqüência relativamente longa de canções mais densas de Chico criando um clima intimista ao extremo em certos momentos e a diversão – com exceção da participação de Chico Preto logo no início –  ficou reservada mais para o final da festa.

Se a voz de Bárbara “dá e sobra” para cerca de uma hora e meia de Chico Buarque – que ressalto mais uma vez ser um mérito para qualquer intérprete de renome, ainda mais para uma artista tão jovem – faltou comunicação, com o público e com a própria banda.

A platéia queria Bárbara, pedia por ela, mas a menina pouco falou. Fora alguns tímidos “obrigada”, Bárbara deixou para o final uma fala rápida de agradecimentos, algo mais burocrático, parecia estar temendo uma platéia que – ao menos ao meu redor – era só elogios, mas pedia um pouco mais de atenção. Mas não foi somente a falta de diálogo, o corpo também precisa falar e o de Bárbara estava meio quieto, inseguro, coisas que só o tempo é capa de trazer.

Por isso, considero que apesar da falta desta direção, “Bárbara canta Chico”, foi um espetáculo muito bom, pois no final, a interpretação das canções superou estas falhas e fez com que o público saísse satisfeito e muita gente comentando que ainda queria mais.

Acredito que o mais importante a se falar é que quando Bárbara subiu ao palco neste domingo ela assumiu um compromisso com a platéia. O compromisso de melhorar cada vez mais suas interpretações, de seguir na escolha de um bom repertório e de interagir melhor com o público que tanto a admira. E isto é simplesmente fantástico. Nas raras produções regionais que se vê ultimamente com clássicos da MPB a grande vontade é mesmo de ir para casa e dormir, algo que certamente não aconteceu neste domingo.

Texto: Fabricia Prado – Jornalista
Foto: Guilherme Meneghelli