Archive for setembro \28\+00:00 2007

VMB 2007

setembro 28, 2007

Eu queria fazer algum comentário bacana sobre o VMB 2007, mas a coisa da MTV se torna tão sem graça para mim, que prefiro não comentar muito, apenas lamentar que a emetevê se faça apenas com os resquícios de poder das gravadoras brasileiras. Outro motivo é porquê eu não tenho TV a cabo,  portanto, não assisto a programação do canal. No caso da MTV o meu papo é mais saudosista, beira o início dos anos 90, quando a coisa era muito melhor naquele canal.  O único comentário que posso tecer, é baseado em terceiros. A Dani Hasse, da banda Hey Miss, que agora mora em Sampa, esteve lá ontem e disse que bom mesmo foi a abertura do programa com a Juliete Lewis and The Licks.

Sargento Pimenta 2007

setembro 28, 2007

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Pipodélica: Catarinas representam o estado no blog

Bom, alguém aqui no Brasil se lembrou de fazer um disco tributo ao Sgt. Peppers. Ontem o Xuxu, da Pipodélica, me passou o link do tributo de bandas independentes para o clássico disco dos fabfour lançado em 1967 e que neste ano completou 40 anos.  Segundo Xuxu, o Guga Bruno, guitarrista do Lasciva Lula, Rio de Janeiro, que organizou a parada e convidou diversas bandas de vários cantos do Brasil. Despretenciosamente as bandas gravaram suas versões para todas as 12 faixas do Sgt. Peppers, mais os singles de Strawberry Fields Forever e Penny Lane. Diferente de cover, as versões são realmente diferentes. A começar pela faixa título do disco, interpretada por Madame Mim. Realmente ficou diferente, até digo esquisito. A coisa melhora já na segunda faixa. Moptop ataca com A Little Help From My Friends, que originalmente foi interpretada por Ringo Starr.

A banda Columbia fez uma interessante nova visão para Lucy In The Sky With Diamonds. A canção de Lennon ficou mais moderna e com uma batida mais pop, realmente diferente e envolvente. No início da música, um  sampler de Yoko Ono, John Lennon e Julian Lennon, estraído do filme Imagine (1971). A primeira faixa que mais se aproxima de um cover, não versão, é Getting Better com a banda Os Filhos da Judith. A faixa ficou legal e é uma boa cover dessa galera, mas fugiram um pouco da proposta, se é que houve, de produzir uma versão. Bom, eu pelo menos gosto de Beatles pacas e como versão, Getting Better ficou uma excelente cover. Apoema segue no tributo com uma versão interessante para A Fixing a Hole, que inicia com cara de versão, toma contornos de cover, mas mantém uma identidade própria muito boa. O álbum seria uma interessante tentativa de modernizar ainda mais o que já é moderno. Pipodélica continua o tributo com uma versão acústica para a trabalhosa She´s Leaving Home, que originalmente é interpretada por Paul McCartney e um quarteto de cordas. A versão dos pipodélicos aumenta o tom e dá nova vida para a doce canção do Sgt. Peppers. Nos vocais de Xuxu, Pipodélica mantém a bela melodia e também o jeito doce que She´s Leaving Home tem originalmente.

O disco segue com outras excelentes versões para o clássico disco dos Beatles.

Baixe todas as faixas aqui: http://www.sargentopimenta2007.blogspot.com/

Programa Garagem 92 para download

setembro 28, 2007

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Spengler Tenglers: eles também tocaram lá

Era uma vez dois jornalistas que gostavam (ainda gostam, claro) para caramba de rock. Um dia, um deles chamou o outro para fazer um programa numa rádio comercial na cidade de Timbó. Assim nascia o Garagem 92, programa de entrevistas e música com as bandas da região 47 que estavam dispostas em se deslocar até Timbó para participarem do programa. Sob a batuta dos jornalistas Julimar Pivatto e Evandro de Assis, muitas bandas bacanas da cena independente estiveram lá.

Hoje o Julimar resolveu presentear a galera da Green Belly com algumas versões acústicas apresentadas no programa. Ah!, antes que eu me esqueça, a Green Belly é uma lista de malacos do rock 47 , que pelo Yahoo Groups jogam conversa fora todos os dias. Pivatto reservou as melhores versões para músicas de bandas como Hey Miss, Hoffer, Surprise Set, Mayonese Jam, Minds Away, Spengler Tenglers e outras bandas da cena. Algumas dessas bandas nem existem mais, mas o seu trabalho próprio está registrado nas versões acústicas do Garagem 92 e claro, também em alguns sites que em breve colocarei para socializar com todos.

O programa Garagem 92 acabou, mas fica o registro de mais uma importante iniciativa para divulgação de novas bandas.

Baixe as músicas: http://rapidshare.com/files/58745038/Garagem_92.rar.html
 

Curupira Rock Club – Rock no sábado

setembro 27, 2007

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Parachamas/Los Murrachos/Plasmódio/Blue Corn , novas bandas da cena independente do Vale, fazem a festa no Curupira Rock Club. Bom, o cartaz diz tudo. Diz mais ainda, em outubro a 4a edição do Brazuca Noise Festival.

Informações? www.fotolog.com/curupira_rock

Conheça as bandas:

Los Murrachos [Jaraguá do Sul]
Mp3: http://www.myspace.com/losmurrachos
Fotolog: http://www.fotolog.net/los_murrachos

Parachamas [Blumenau]
MP3: http://www.myspace.com/parachamas
Fotolog: http://www.fotolog.net/parachamas

Plasmódio [Guaramirim]
MP3: http://www.myspace.com/plasmodio

Blue Corn [Jaraguá do Sul]
Mp3: http://myspace.com/bandabluecorn

É rock porra!

Scorsese filmará George Harrison

setembro 27, 2007

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O cineasta americano Martin Scorsese é o mais rocker de todo. Definitivamente. Sua trajetória no cinema convencional é abrilhantada ainda mais com suas produções sobre grandes artistas. Segundo consta, o homem era cinegrafista no Woodstock em 1969 e sua grande obra prima do rock nos anos 70 é o The Last Waltz, documentário sobre o derradeiro show da The Band, ocorrido em 1976 mas o filme só foi lançado em 1978.

Anos depois Martin fez uma segunda obra prima. O documentário No Direction Home, que faz uma verdadeira cirurgia do início da carreira de Bob Dylan, foi  e ainda é sucesso no mundo todo. Lançado em DVD duplo, o documentário que conta com inúmeros depoimentos e imagens raríssimas da carreira de Dylan até 1966. Recentemente Scorsese estava trabalhando num documentário sobre a turnê dos Rolling Stones e nesta semana foi confirmada pela viúva do ex-beatle George Harrison, que Martin Scorsese estará dando início de entrevistas para um documentário contando a vida e a obra do beatle quieto.

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O filme não tem previsão de lançamento, mas segundo o próprio Scorsese, quer abranger o final da carreira de George com os Beatles, carreira solo e a aventura do ex-beatle pelo cinema.

Expresso Rural fará segundo show em SC

setembro 27, 2007

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Na próxima quarta-feira (03), no Teatro do CIC em Florianópolis, a banda catarinense Expresso Rural volta com sua formação original para um show único. Bom, pelo menos era para ser único. Na capital, os ingressos estão praticamente esgotados e sobram muito poucos para a apresentação do dia 04. A novidade é que o Expresso também fará uma apresentação na cidade de Lages no dia 04 de outubro, no Marajoara. Os lageanos também poderão matar a saudade do rock rural que embalou o início dos anos 80 em Santa Catarina. Outra novidade seria uma apresentação em Itajaí no Teatro Municipal, mas por enquanto uma hipótese.

Ingressos:
Hippo Supermercados ( Floripa ) – pelo site: www.nosvamos.com.br
Bilheteria dos teatros

Saiba Mais sobre o Expresso Rural:

http://www.getback.com.br/EXPRESSO/Historico/historicoexpresso.htm

https://mundo47.wordpress.com/2007/09/18/expresso-rural-retorna-para-show-unico/

Programa Rockline faz 1 ano

setembro 27, 2007

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Eu recebendo a visita de André e Jackson

Nesta quinta-feira, a partir das 20 horas, o Programa Rockline estará com um programa muito especial!

Estaremos comemorando um ano no ar!

Nestes 12 meses de programação na TWR, tivemos a satisfação de trazer para todos, as melhores canções do rock e nesta quinta, convidamos a todos para comemorar esta importante marca para o Rockline.

Vamos aproveitar também para homenagear nosso querido amigo Masao Miúra, que nos deixou no último sábado. Vamos tocar sons das bandas preferidas do japa, que sempre nos deu apoio na elaboração do programa e na nossa programação.

Contamos com sua audiênci nesta quinta-feira, 20 horas na Teen Web Radio.

Endereço para ouvir o programa: http://www.twebradio.com

Rockline

Apresentação: Rafael Weiss e Bola Teixeira

Hey Miss no YouTube

setembro 27, 2007

Tá certo, este blog está devendo mais um revival sobre os melhores álbuns da discografia roqueira de SC. Mas hoje, graças a boa ação do Celsinho, guitarrista da banda blumenauense Hey Miss, a gente mata a saudade da Dani, do Rodrigo, do Dado e do próprio Celso, numa apresentação da banda que foi gravada e está agora postada no YouTube.

Na boa Dani e Cia, mesmo com você morando em SP, uma hora tem que acontecer algum evento rock para tê-los novamente no palco. Wrock!

The Police no Brasil em dezembro

setembro 26, 2007

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O trio de “tiozinhos” do Police toca no Maracanã e não vai fazer gol

Um único show e no Rio de Janeiro. Dia 08 de dezembro a banda britânica The Police estará no Brasil. O show foi confirmado hoje e será no Maracanã.

A banda que voltou aos palcos após 20 anos, fará shows em Buenos Aires e Santiago.

A turnê na América do Sul é uma excelente oportunidade de vermos o trio em ação.

Meg para maiores

setembro 26, 2007

Será que é ela?

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Hummm, safadinha essa Meg

Meg White, o lado doce e quase que infantil da dupla White Stripes pode ser a personagem de mais um vídeo pornô caseiro de celebridades americanas. A parceira de Jack White pode ser a figura que transa loucamente num vídeo caseiro que está pipocando pela web. As cenas, pra lá de calientes, mostram uma moça muito, mas muito parecida com Meg White, nhanhando gostoso com um desconhecido. O filme de 02 minutos, vem causando furor pelo mundo e Meg poderá se juntar a artistas como Britney Spears e Paris Hilton, clássicas na p…. via web.

Faça a comparação no esqueminha feito pelo Globo.bom

http://g1.globo.com/Noticias/Musica/0,,MUL109928-7085,00.html

Comentário do Weiss: Olha, eu vi o filme e comparei com algumas fotos da moça, onde aparecem partes do corpo dela. Tipo, pernas, tetas, braços e fuça dela e eu acho que é ela mesma no videozinho. A assessoria da banda anda dizendo que não é, mas sei lá, tem tudo pra ser a Meg e se for… e dai? Deixa a mulher trabalhar, digo, transar pô!

Matanza volta para SC em novembro

setembro 25, 2007

 Depois o show histórico no John Bull Pub em Balneário Camboriú, a banda carioca Matanza, estará de volta para um show no lendário Curupira Rock Club.

CURUPIRA ROCK CLUB
Apresenta
Sexta-feira, 16 de Novembro

MATANZA [Rio de Janeiro]
Mp3: http://www.myspace.com/matanzacountrycore
Site: http://www.matanza.com.br
+ bandas de abertura

Horário: a partir das 21h00
Local: Curupira Rock Club – Rua João Sottêr Corrêa nº 523, Centro, Guaramirim – Santa Catarina

INGRESSOS LIMITADOS ANTECIPADOS: R$15.00
________________________________________
à partir do dia 29/setembro. ” GARANTA LOGO O SEU!!!

POSTOS DE VENDA:
_________________
– Bilheteria do Curupira Rock Club nos shows que rolarem antes do dia 16/novembro
– Rock Total Discos [Joinville]
– Be Bop Discos [Blumenau]
– CD & Cia [Guaramirim]
* mais postos de venda serão confirmados no transcorrer dos dias

OBSERVAÇÃO: ingressos
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Vale lembrar que em outros shows deste nível os ingressos esgotaram muito rápido, ficando muitas pessoas sem, com semanas de antecedência. NÃO TEMOS COMO RESERVAR INGRESSOS !!!

INFORMAÇÕES:
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http://www.fotolog.net/curupira_rock
http://www.curupirarockclub.com
Produção: Kélson Marcelo [47] 9121-2954

Tropa de Elite

setembro 25, 2007

 

Eu não sou muito de comentar sobre cinema, a não ser o cinema musical, porém ontem eu fiz como milhares de pirateiros da internet e assisti o polêmico e ainda não lançado filme brasileiro Tropa de Elite. No caso dos filmes, não me considero um pirateiro, pois não baixo filmes para reproduzi-los para amigos, mas sim para curiosidade mesmo. Até hoje eu não vi o filme dos Simpsons, para você ver o meu interesse nos filmes que vão para o cinema.

 Mas o Tropa de Elite foi a curiosidade toda que ronda esses filmes nacionais. Primeiro pelo tema do filme em si. Segundo relatos, um retrato fiel da realidade da PM do Rio de Janeiro e do Bope – Batalhão de Operações Especiais – daquele estado e que mostra uma dura realidade da segurança brasileira. Segunda curiosidade é que o filme, muito mesmo antes de ser lançado nos festivais, já estava na mão dos camelôs do Centro do Rio. Seguno o jornal O Globo, as suspeitas recaem sobre funcionários de uma empresa responsável pela colocação de legendas na película e um ator do filme, que recebeu uma cópia e passou para alguém, enfim, a trama do filme Tropa de Elite pode ser considerada uma das últimas, se não a última grande produção brasileira sobre filmes de favelados, traficantes e policias.

Desde Cidade de Deus, o cinema nacional elegeu cadeia, política e tráfico como temas centrais das tramas. Claro que muitos bons filmes sairam deste tipo de fornada, porém a fórmula já está cansando. Tropa de Elite é a última cartada deste cinema de favela. A produção é muito boa e o elenco foi escolhido a dedo. Wagner Moura é o nome de maior expressão no filme. Ele, um ator novato que vem ganhando muita simpatia do público e vem participando de excelentes sucessos no telão e na telinha. O restante do cast é quase que totalmente desconhecido.

Segundo OGlobo, o filme distribuido pela internet é uma pré-edição, mas eu acredito que seja quase que uma fita definitiva da película. Tropa de Elite vai para os cinemas de todo o país no mês de outubro. Mesmo com tanta divulgação antecipada, digo, mesmo com tanta gente vendo o filme antes, o produtor do filme acredita que o povo vai para o cinema para assistir Tropa de Elite.

Revista Válvula Rock – Edição #4

setembro 24, 2007

Irmãos Lenzi figuram na capa da edição #4 da revista

Uma das iniciativas jornalísticas mais bacanas do rock catarina é a revista Válvula Rock. Em sua quarta edição, a revista está trazendo na capa uma matéria bacana com o Lenzi Brothers, de Balneário Camboriú.  Liderada pela mente dos irmãos Flávio e Anderson de Oliveira, a revista é uma vitrine para divulgação das bandas locais. Vale a pena conferir e parabenizar essa galera que além da revista, faz festas muito boas, trazendo sempre bandas de renome na cena independente do Estado e do país. A última, trouxe o Matanza, Walverdes e a revelação do punk rock local, o Anti-Heróis.  

CAPA: LENZI BROTHERS
* Trio de irmãos completa 10 anos de banda, com novo CD e Rock´n Roll de
primeira!

Matéria: BLUMENAU ROCK CITY
*Saiba por que Blumenau é hoje uma das cidades mais Rock do Estado!

Resenhas:
*DVD – Tenacious D in The Pick of Destiny, filme brinca com a mística do
rock, contando a história de uma banda atrás da palheta mágica, com Jack
Black, Dave Grohl e Ben Stiller.

*CD´s – Foo Fighters: Echoes, Silence, Patience and Grace
Vanguart: Vanguart

*No Fun: Diego Lara fala sobre a cultura na internet, e a Era do Achismo

*Persona Muy Grata: Toni Cunha, um dos maiores entusiastas da cultura de
Itajaí e região.

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ONDE ENCONTRAR:

ITAJAÍ:

*UNIVALI
*Casta Store – Rua Olímpio Miranda Jr, 155, Centro
*SangBon – Centro Comercial Sodegaura – Rua Lauro Müller, 149, Centro
* Casa Aberta – Rua Lauro Müller, 83, Centro

BALNEÁRIO CAMBORIÚ
*Porão do Som: Rua 1500, nº 295
*Studio Overdrive: Rua 3000, nº 813

Todas as matérias e resenhas estão no site: http://www.valvularock.com.br

 

Notícias de Giovani

setembro 24, 2007

Sinal de vida. É o que conseguimos, graças a nossos ultra secretos informantes. O Mundo47  conseguiu um importante relato sobre a vida pós-Faichecleres de Giovani Caruso.

Segundo a fonte, num show em Curitiba no mês de setembro, um dia depois que ele afirmou estar voltando do Paraguai, Giovani estava na festa e conversou com nossa fonte. Ele afirmou que desde que saiu da banda, já compôs um disco inteiro. Com um computador emprestado da sobra, no retiro paraguaio, o ex-integrante do trio já gravou quase tudo, faltando apenas as baterias das canções. A novidade é que Giovani estará vindo para a cena com uma nova banda que terá o seu irmão como batera. Giovani também relatou que irá continuar trampando com música e que está desanimado com o Colorado.  A fonte ainda declara que Giovani mandou um abraço para o Tuba, caso nosso foca de plantão encontrasse ele na Outs, em São Paulo no dia seguinte…

Filmes de rock no Festival do Rio

setembro 24, 2007

 

O ritmo de rock’n’roll marca presença na programação do Festival do Rio, que acontece até dia 4 de outubro. O destaque fica por conta de “I’m not there” (assista ao trailer), retrato cinematográfico do cantor Bob Dylan dirigido por Todd Haynes (de “Longe do paraíso” e “Velvet Goldmine”), um dos filmes mais badalados do último Festival de Veneza. No longa-metragem, que estréia no festival na quinta-feira (27), seis atores encarnam diferentes facetas de Dylan. No elenco, estão Cate Blanchett, Christian Bale, Richard Gere, Heath Ledger e outros astros.

Outra atração que promete sessões lotadas é o documentário “Kurt Cobain: retrato de uma ausência”, de AJ Schnack, que desembarca no Festival do Rio dia 2 de outubro. O filme é o resultado de 25 horas de entrevistas inéditas com o líder do Nirvana, morto em 1994. No depoimento, originalmente comandado pelo crítico de música Michael Azerrad para o livro “Come as you are: the story of Nirvana”, Cobain revela bastidores do grupo e detalhes de sua vida pessoal que podem ter motivado seu suicídio.

Outro ídolo do rock que ganha homenagem póstuma no Festival do Rio é Ian Curtis, vocalista da lendária banda inglesa Joy Division. Sucesso em Cannes, o filme “Controle, a história de Ian Curtis”, de Anton Corbijn, ganha sessões no evento a partir de domingo (30). Entretanto, os ingressos antecipados para o longa-metragem já estão esgotados.

Na sexta-feira (28), é a vez dos fãs do Queen, lotarem o cinema Odeon BR para conferir “A verdadeira história de Freddie Mercury”, documentário de Rudi Dolezal. Com filmagens em Zanzibar, EUA, Inglaterra, Suíça e Alemanha, o filme revela faces pouco conhecidas do líder da banda, morto em 1991 vítima de Aids.

Mas o rock também ganha espaço entre os longas de ficção do Festival do Rio. Em “Elvis Pélvis”, dirigido por Kevin Aduaka, um garoto de dez anos chamado Elvis vive sob a tirania do pai, que tenta fazer do filho uma cópia do ídolo Elvis Presley. Porém, o menino gosta mesmo é de Jimi Hendrix. O filme será exibido nesta segunda-feira (24), às 15h30 e 19h15, no Cine Glória.

FESTIVAL DO RIO

“I’m not there”, de Todd Haynes
Quinta (27): Odeon BR, às 21h30
Segunda (1): Estação Botafogo 1, às 15h30 e 21h30
Quinta (4): Estação Ipanema 1, às 17h30 e 22h15

“Kurt Cobain: retrato de uma ausência”, de AJ Schnack
Terça (2): Odeon BR, às 16h
Quarta (3): Espaço de Cinema 2, às 23h15
Quinta (4): Estação Laura Alvim, às 18h e 22h

“A verdadeira história de Freddie Mercury”, de Rudi Dolezal
Sexta (28): Odeon BR, às 17h
Sábado (29): Espaço de Cinema 2, às 23h45
Domingo (30): Cine Glória, às 17h10
Quarta (3): Cine Glória, às 14h45

“Controle, a história de Ian Curtis”, de Anton Corbijn
Domingo (30): Espaço de Cinema 1, às 23h30
Segunda (1): Palácio 2, às 16h30 e 21h30
Quinta (4): Estação Barra Point 2, às 19h

“Elvis Pélvis”, de Kevin Aduaka
Segunda (24): Cine Glória, às 15h30 e 19h15  Fonte: Globo.com

Diarinho do Litoral exclusivo: entrevista do Rodolfo Abrantes

setembro 24, 2007

A edição dominical do Jornal Diário do Litoral (aquele que mata a cobra e mostra o pau), um dos jornais mais polêmicos do Sul, traz na edição uma entrevista com Rodolfo Abrantes, ex-vocalista dos Raimundos que desde quando se desligou da banda, reside em Balneário Camboriú onde é fiel da Bola de Neve, uma igreja para ex-maloqueiros que resam num altar feito com prancha de surf e nos cultos rola rock and roll gospel em inglês. Com autorização do pessoal do jornal, o Mundo47 reproduz os principais trechos da entrevista que não pegou tanto no pé assim de Rodolfo, mas que é mais um registro da vida de “irmão” que o ex-raimundo vive na região 47.

Em SC, Rodolfo achou sua auréola de anjo crente

“Dinheiro corrompe, droga corrompe, mulherada corrompe, fama corrompe…”

Quem viu Rodolfo agitando o pavilhão da Santur, em Balneário, em 1995, e olha pra ele hoje percebe uma grande diferença. Apesar de manter um visual alternativo, ele tá longe de ser aquele maluco com três ou quatro emaranhados de dreadlocks na cabeça. Aquele Rodolfo deixou de existir em 2001, quando o hoje ex-vocalista do Raimundos se tornou evangélico e deixou o mundo do rock’n’roll.

Nesta entrevista aos jornalistas Alexandre Velame e Bianca Oliveira, Rodolfo falou sobre sua nova vida, sobre as maluquices que fez na época do Raimundos e contou um pouco sobre como funciona a Bola de Neve, uma seita no mínimo diferente, que tem uma prancha de surfe no altar. As fotos são de Marjorie Basso.

Raio XNome: Rodolfo AbrantesCasado: com Alexandra AbrantesFilho: UmNatural: Brasília-DF

Idade: 34 anosTrajetória: Vocalista da banda Raimundos (1994/01), vocalista da banda Rodox (2002/04). Iniciou a carreira solo em 2005. No ano passado, lançou ‘Santidade ao Senhor’, primeiro CD da carreira solo com músicas evangélicas. Atualmente, trabalha no CD ‘Enquanto é dia’, que tem lançamento previsto pro final deste ano.Formação: Segundo grau incompleto.

DIARINHO – Sobre a Bola de Neve. Quando foi que você começou a participar dos encontros?Rodolfo – Eu me converti com um grupo de oração que ia lá na minha casa aos domingos, através da minha esposa. Na época ela era minha namorada, a gente tava passando a maior luta. Ela começou a buscar ajuda com mulheres de Deus que tavam lá dispostas a orar com a gente e pedir ajuda pra Jesus. Havia muitas igrejas, as quais essas irmãs freqüentavam, igrejas mais tradicionais porque eram senhoras de mais idade. E me apaixonei por Jesus e decidi seguir ele pro resto da minha vida. Naquela época, eu saí do Raimundos e montei uma banda chamada Rodox, na qual eu tinha a intenção de fazer evangelismo e de levar a palavra de Deus aonde normalmente ela não chegava. Eu tinha muita porta aberta na MTV, em rádios e então eu acreditei que, com uma banda pesada e falando de uma vida cristã, sem ser com música de culto, eu pudesse despertar as pessoas pra esse tesouro que eu tava vivendo. Porque essa é a nossa missão: falar do evangelho.

Quando esse CD [da Rodox] saiu, o apóstolo Rina [fundador da Bola de Neve] ganhou o CD. Ele ganhou o CD, achou interessante e falou: “Quero ver qual é a desse cara, quero ver se ele se converteu mesmo”. E ele me convidou pra dar um testemunho na igreja dele. Eu fugi muitas vezes da Bola de Neve. Eu falava: “Meu, chega de maluco na minha vida, não agüento mais maluco. Andei com maluco minha vida inteira”. Igreja com prancha de surf no púlpito e eu tava andando com as senhoras, todo religioso. Eu dizia: “O que é isso? Isso é uma bagunça, uma piada!”. Eu tava um velho.

A secretária do apóstolo Rina entrava em contato comigo. Um dia ele mesmo me ligou e eu senti muita paz naquela conversa por telefone. Cara, eu tive vontade de ir. Quando eu cheguei lá, fiquei constrangido pelo meu julgamento. É um lugar gigante e no culto de quinta-feira é completamente entupido. Tem gente que marca o lugar no chão porque não tem cadeira pra todo mundo, nos corredores, escadas, tudo – eu vi gente com a minha cara. Nego tatuado como eu, adorando a Deus de olhos fechados sem prestar atenção em nada mais. A primeira coisa que tocou foi um baita dum reggae. Nunca tinha ouvido reggae dentro da igreja. Mas tinha louvação, tinha a presença de Deus, tinha compromisso, seriedade. Pedi perdão pra Deus na hora por ter julgado a obra que ele tava fazendo e criei uma grande amizade com o Rina. Eu ainda não era da Bola de Neve, mas tinha me tornado amigo dele. Ele fez alguns eventos de evangelismo e me chamava junto. A gente pegava onda junto. Até que eu vir morar em Camboriú e o Natanael veio pra cá. Quando eu vi, eu era da Bola de Neve.

DIARINHO – Você já desenvolvia as letras das músicas religiosas pensando em Deus antes de entrar para a Bola de Neve?

Rodolfo – Esse termo “religioso” não é muito positivo pra mim, não. Eu entendo que, pras pessoas da igreja, religião seja uma coisa normal, mas eu vejo religiosidade como uma máscara que a gente não precisa usar. Cristo não veio pra fundar uma religião, ele veio pra estabelecer uma comunhão do homem com Deus. Eu creio que o tema das letras é adoração e louvor a Deus. Eu prefiro colocar dessa forma. Com o Rodox era mais a respeito de vida cristã, falando de uma pessoa que tem Cristo na sua vida e falar pra essa geração sem uma pegada de falar “aleluia!”, “gloria a Deus!”, essas coisas. Algumas músicas tinham isso também, mas não era o tema central.

A partir do momento que eu comecei a estar na obra de Deus – e começou isso com o Natanael, aqui em Balneário –, apareceu a oportunidade de pregar e de estar cada vez mais ativo. Naturalmente, o tema das letras mudou porque ficou uma coisa mais detonada mesmo: Jesus, glória a Deus e aleluia. Músicas em que eu possa usar timbres que sejam naturais pra minha geração, uma música que eu possa ouvir antes de surfar, que vai me dar uma instigada pra pegar as ondas, mas que vai falar do meu amor a Deus declaradamente. Se o Marilyn Manson pode falar do diabo por que a gente não pode falar de Jesus à vontade?

 

DIARINHO – Parece que foi no ano passado que você lançou um CD com o novo selo Bola Music? Como foi?  

Rodolfo – Foi, sim. Quando saí do Rodox – com o Rodox gravamos dois CDs. Pelo estilo de vida que eu tava vivendo, as coisas de Deus, o Rodox tinha ficado num nível um pouco raso – eu queria mais, queria estar mais envolvido nas coisas de Deus. Eu decidi parar com o Rodox, fiquei só aqui no ministério, ajudando o pastor, e continuei compondo, porque a música nunca saiu da minha vida, mas eu não queria ir pra gravadora. Não defendo as gravadoras. Eles tratam de uma maneira comercial, como qualquer outra gravadora, e eu não queria isso. Não é pra mim. Eu não queria virar produto, eu não queria virar artista de novo. Sabe esse negócio de tarde de autógrafos, essas porcarias que eu já fiz e que não tem nada a ver com um servo de Deus? Artista tem muito disso, de receber o aplauso, agitar a mão, todo mundo vai e acompanha. Eu não quero isso pra minha vida.

Então assim, eu não queria ir pra uma gravadora e eu não tinha o menor know-how [conhecimento] de como lançar um CD independente. Tem uma área do meu cérebro que funciona só pra criar. Não funciona pra administrar muito bem esse tipo de coisa. Não sou um cara de negócios. Falei isso com o meu pastor, que na época era o Rina. Eu já tava na igreja. Ele falou: “Olha, eu tô com um projeto na igreja de montar um selo pra que os ministros de louvor não precisem virar produto. Isso que você tá me falando, Deus já falou comigo pra fazer. É uma coisa sem grandes ambições de ser o maior vendedor de CD do mundo, mas com certeza você vai ter uma ajuda missionária pra tua vida através da venda dos teus CDs. Mas você não precisa virar produto. Você não precisa virar artistinha de novo. Eu creio que a gente tá falando a mesma língua”. Me deu uma paz! Na época, a gravadora já tava com estúdio. Eu gravei o CD inteiro e, se eu for te falar, gastei só com os passes do metrô pra ir até o estúdio. Uma coisa muito relax, sem data pra entregar. Não tinha nenhum executivo de gravadora me enchendo a paciência. Quando eu preciso falar com alguém da gravadora eu ligo pro meu pastor e troco idéia com ele. Totalmente relax. Mas o selo cresceu e agora já têm várias pessoas no casting, tá saindo agora o CD do Catalau, que era de uma banda chamada Golpe de Estado, muito famosa em São Paulo. Ele hoje é pastor e tá lançando também o trabalho dele na igreja. Tá saindo também o CD do Nego Vieira, que toca um reggae de raiz, melhor do mundo. Ele é baiano e a cena do reggae da Bahia respeita ele demais. Enfim, a coisa cresceu e tem se profissionalizado, mas graças a Deus mantendo essa visão de produzir adoração pra que a adoração esteja disponível aí pra essas pessoas. Não se corromper com o mercado.

DIARINHO – Voltando um pouquinho na sua história. O pessoal ainda não sabe o que rolou de concreto para a separação dos Raimundos. Você poderia nos explicar?

Rodolfo – Foi tranqüilo, cara. É meio confuso na cabeça dos outros. Eu reconheço que uma grande falha minha, na época, foi não ter me manifestado pra imprensa. Uma carta oficial com a minha versão: foi isso que aconteceu e pronto. Eu simplesmente deixei a coisa rolar e cada um inventou sua versão. Jornalista sabe como é que é? Um tem uma idéia, o outro tem outra. Um é mais teu amigo, escreve legal. Outro te odeia completamente porque odeia tuas músicas e te descarta. Muito bafafá na internet. Internet é a coisa mais mentirosa do mundo. Teve uma notícia que saiu na internet corrompida e puseram na [revista] Veja. Isso gerou muita confusão na cabeça das pessoas. O que rolou realmente foi o seguinte: eu aceitei Jesus e encontrei aquilo que eu procurei a vida inteira. Encontrei paz, encontrei alegria, encontrei felicidade, consegui me livrar das drogas, minha saúde ficou boa, descobri que eu não precisava fingir ser nada pra ninguém, descobri que a maior escravidão que eu tinha era tentar ser aquilo que as pessoas queriam que eu fosse. Hoje eu tenho o poder pra decidir o meu futuro. Deus me deu esse poder. Não preciso mais ser escravo de uma imagem que foi criada em cima de mim e que não me traz conforto, não me traz paz, não me traz alegria.

Falei que tava saindo porque eu não queria mais aquilo. Tava no auge, dava muito dinheiro, tinha muito fã, era considerada a maior banda de rock do Brasil na época, mas perto de Jesus isso daí é lixo. Se eu tivesse a oportunidade de voltar um milhão de vezes naquele dia, eu sairia novamente do Raimundos.

DIARINHO – Naquela época, vocês ganhavam muita grana mesmo ou ficava a maior parte com empresários?  

Rodolfo – Essa aí é a pergunta que eu nunca vou ter resposta, mas todo mundo sabe. Infelizmente, isso acontece. Quem fecha o teu show é o empresário e quem te paga é ele. Você não sabe o quanto entra. Você não sabe quanto vem pra você e não vai saber disso nunca. A não ser que seja sua mãe e, ainda assim, tem vários artistas internacionais que a mãe é a empresária e ainda pega o dinheiro do cara. Nego pode dizer: “Pôxa, mas seu dinheiro era suado”. Era suado porque eu suava pra caramba em cima do palco mas não era muito honesto, não. O que eu pregava no microfone era muito destrutivo pra geração que me ouvia. Hoje eu tenho consciência disso porque a maconha que eu cantava como a melhor coisa do mundo quase me matou, quase destruiu minha vida, meu caráter, minha identidade e minha atitude. A promiscuidade que eu cantava em cima do palco poderia ter me matado e pode ter matado muitos e destruído muitas vidas. Então assim, não me orgulho daquilo e, graças a Deus, o que passou, passou. Eu tô com uma vida nova. Acho que é por aí.

DIARINHO – Hoje em dia você ainda tem contato com fã. Seria impossível uma volta dos Raimundos?

Rodolfo – Impossível. Impossível. Porque, pra eu voltar pros Raimundos, eu teria que voltar a ser o que eu era e, se tem uma coisa que eu não quero, é voltar a ser aquele lixo. Hoje eu sou o que deveria ter sido desde o dia que nasci. Naquela época, eu me corrompi demais. Dinheiro corrompe, droga corrompe, mulherada corrompe, fama corrompe. É um mundo de ilusão, não é real. As pessoas que tão ao teu lado não têm amor de verdade, elas querem simplesmente arrancar um pedaço da tua fama, ou simplesmente aparecer do teu lado. Tudo muito falso. As pessoas que te bajulam, às vezes, são pagas pra isso. É uma vida falsa que eu não quero de jeito nenhum. Hoje, os amigos que eu tenho eu chamo de irmãos e não tenho obrigação nenhuma de tolerar. A gente é amigo porque é e pronto. Eu encontrei uma verdade hoje e não teria como voltar atrás, impossível. Sem chance alguma, não tem possibilidade, aquilo não me atrai e não me traz saudade.

Encontro muitos fãs porque, meu Jesus, faz bem até pra pele. Faz seis anos e parece que não mudou muito. Tem gente que encontra, reconhece, tem gente que vem pedir autógrafo, pedir pra tirar foto, quer falar alguma coisa. Mas, às vezes, soa até meio esquisito porque eu me acostumei tanto a ter uma vida normal que têm horas que você é pego meio de surpresa. Ainda mais em Balneário, que é uma cidade do tamanho de um ovo. Mas ando por aí o dia inteiro e não tenho o menor problema com isso. Na temporada, então, isso aqui fica lotado. Tá louco (risos).

DIARINHO – Você acha que o Fred, Canisso e Digão continuam hoje nesse “lixo” que era o Raimundos?  

Rodolfo – Acho que eles mudaram muito. Quando eu saí do Raimundos, eu perdi o contato com eles. A imprensa plantou muita discórdia entre a gente, uma briga que não existiu. Eles meio que engoliram essa e me tomaram por inimigo. Por muito tempo, eles falaram muita besteira na internet e até gravaram músicas em minha ‘homenagem’. Com o Canisso nunca tive problema porque ele sempre foi muito meu amigo. Independente de ele estar no Raimundos e eu não. A gente sempre manteve contato. Ele até tocou no Rodox uma época e, agora, parece que ele voltou pro Raimundos. Meu pai acabou falecendo há um mês. No velório, o Canisso tava lá. O Digão também apareceu por lá e foi a primeira vez em seis anos que nos encontramos. Dei um abraço nele. Não é porque não tocamos mais juntos que não vamos ser amigos. O Fred me ligou também. E foi engraçado porque tinha seis anos que não falava com ele, mas falou comigo como se a gente estivesse junto na semana passada. Isso fez bem pro meu coração. “Se tá bom pra você, ta bom pra mim também. Legal, brother”. Não precisamos ter ódio um do outro. Não digo que a gente tá saindo junto. Simplesmente, as nossas vidas foram pra lados diferentes e acho que o melhor que a gente pode tirar disso é se respeitar. A amizade foi sincera, em determinado momento foi. [Você sabe o que eles tão fazendo hoje?] Não é que crente é fanático ou alienado, mas simplesmente a MTV não me atrai. Não sei o que está acontecendo na música hoje em dia. Eu sei que o Canisso voltou pro Raimundos porque o Alemão me contou. Acho que o Fred tá com uma outra banda. Pelo jeito, o Raimundos continua. Se o Canisso voltou é porque continua. Não sei se eles têm um outro projeto. Não faço idéia. Mas acho que eles estão bem. Estão com cara de saudáveis.

DIARINHO – Vocês viveram tudo aquilo que cantavam na letra do Raimundos? Como era compor essas canções?

Rodolfo – Infelizmente é ridículo demais. Eu me expus demais. Eu cantava o que eu vivia. Por exemplo, teve uma época que a gente gravou um CD em Los Angeles, que chamava ‘Lapadas do Povo’. E esse CD eu nunca tinha a letra, nunca! A gente dava o maior trampo nas músicas, mas letra a gente não tinha. Eu só fazia meio que na época da gravação. Dentro estúdio mesmo eu fazia a letra. Chegava e começava a cantar o que eu vivia. Porque vou rimar o que eu ando vivendo. A música do Kombão [Pitando no Kombão] era a Kombi que eu tinha e por aí vai. E cantando mais um monte de besteira porque eu só vivia isso. A loucura que eu vivia eu cantava. Nesse CD de Los Angeles, lembro que a gente estava no maior tédio. Los Angeles é uma cidade diferente e sofremos preconceito por sermos brasileiros. Pra eles, somos uma escória, nem olham na nossa cara. Os amigos mais legais que fiz lá foram os negros que tinham um grupo de rap e estavam no estúdio. Começaram a conversar com a gente, mas chegaram na maior marra: “Vocês são brancos demais pra falar com a gente”. Existe isso demais na América, algo que não existe no Brasil. Até existe, mas não é tão podre como lá. E aí os caras começaram a conversar e viram: “Pô, os caras são do Brasil, lá é todo mundo misturado, pára com isso”. Arrumamos outros amigos legais: os mexicanos que conhecemos por lá. Mas o americano mesmo é muito fechado. Passa por você, como se você nem existisse. Então, a gente sentiu esse tédio e esse marasmo. Vivemos uma vida que era uma droga e, na hora de escrever, o que saía? Não saía nada! As letras foram totalmente depressivas e mal-humoradas. Quando tentava falar uma besteira era tão sem graça, que parece que a banda mudou naquele momento.

DIARINHO – Como você avaliou o trabalho desenvolvido no Rodox? Foi uma banda que acabou rápido e não fez sucesso….

Rodolfo – O Rodox, na época, nem era pra fazer sucesso, vou te confessar. Era uma banda esquisita demais pro cenário. Foi uma época em que o rock brasileiro tava se tornando mais acessível. As bandas soavam todas iguais. Assim, falo isso sem a menor culpa. O CPM 22 é igual ao Detonautas, que é igual a das as outras. Os caras cantam com a mesma voz e o mesmo tema: “Ah, eu não consegui entender, você não quis nem saber, vou olhar pra trás!” Tá falando do quê? É uma coisa muito chata. O punk virou aquilo. Aí aparece o Rodox, que também é punk, mas uma vertente hardcore Nova Iorque. E ainda era uma banda crente! Não era pra fazer sucesso. Não era pra fazer sucesso mesmo! Acabou rápido porque acho que foi o tempo. Eu respeito o tempo do Rodox, a maneira como a banda se formou. Eu não tinha muito entendimento das coisas de Deus na época que montei o Rodox. Se eu fosse montar o Rodox hoje, eu arrumaria um monte de cara cristão como eu e que quisesse chegar no mesmo lugar que eu. Com certeza, seria uma banda que iria durar uns 20 anos. Mas era uma banda com uns caras que não tinham nada com igreja. E eu respeito. É a opção deles. Nem Jesus forçou a gente a fazer isso, como é que eu iria forçar? Eles queriam ir para um lado e eu queria ir para o outro. [O estilo musical do Rodox era tipo do Ratos de Porão?] Não. Era meio new metal, misturado. Lembro que no CD tinha uma música completamente grindcore. Tinha uma só com violão e flauta. Era uma banda esquisitona. Era um monstrinho feio. Acho que daqui a uns 10 anos, nego vai dar valor pro Rodox. Hoje é um remédio pra matar barata.

DIARINHO – A Bola de Neve comercializa chaveiros, pranchas de surfes e outros artigos com sua marca. Isso também não é mercado? Não há uma mistura de marketing com religião?

Rodolfo – Não. É legal porque de certa forma evangeliza as pessoas. A pessoa vê o adesivo e lembra que já ouviu falar da igreja Bola de Neve. Tem uma senhora daqui da igreja que veio pra cá porque a neta dela tinha entre nove e 10 anos, ouviu falar de uma igreja que tinha uma prancha de surfe no altar e encheu a paciência da avó pra trazê-la nessa igreja. Ela não sabia onde era. A avó ouviu um pessoal na praia falando a respeito e perguntou onde ficava. Então, as duas conheceram a Bola de Neve. Estão na igreja há dois anos e ajudam nos ministérios. A família inteira está com Jesus. Deus operou maravilhosamente bem com essas pessoas, através de uma conversa. De repente, é mais uma estratégia. Você vê: “Pôxa, que chaveiro legal esse, uma quilhinha de prancha, que enfeite bonito, escrito Bola de Neve. Esses caras estão me cercando!”.

DIARINHO – Por que as frases de apoio da igreja são em inglês e não em português?

Rodolfo – Não tem como negar que o inglês hoje é uma língua universal. A maioria das músicas que a gente ouve é em inglês. Não tem como negar que os caras exportaram uma cultura, um comportamento e um modo de vestir pro mundo inteiro. Se a gente for pensar, isso daqui não é uma coisa limitada. Isso é uma Bola de Neve e ela vai rolar enquanto tiver espaço pra andar por aí. Hoje já existem igrejas Bola de Neve fora do Brasil. E In Jesus we trust (em Jesus nós confiamos) em qualquer país, as pessoas vão ter pelo menos oportunidade de entender o que quer dizer. Já tem igreja nascendo na Austrália, na Califórnia, no Peru, no Japão tem um pessoal que tá se reunindo.

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Todos os créditos desta entrevista:

Jornal Diário do Litoral – www.diarinho.com.br

Fotos: Felipe Cáligula

Entrevistadores: Maurício Daleffe, Bianca Oliveira e Alex Velame ‘Acarajé’

Luto

setembro 22, 2007
Faleceu na manhã de sábado, 22/09, Masao Miúra.

É com muito pesar que o Mundo47 anúncia o falecimento desta grande pessoa que sempre incentivou o bom e velho rock and roll em Balneário e Itajaí e que é irmão do Kenzo, guitarrista da Souvenirs, nossos amigos e parceiros.

O Blog Mundo47 está de luto e se junta a família Mattos/Miúra nessa hora de dor.

Masao era uma pessoa muito bem humorada e que sempre alegrava os festinhas rock no Open, John Bull e em outros lugares ai. Era parceiro também na nossa área de comunicação e trabalhava com publicidade.

Onde quer que ele esteja, esperamos que ele fique em paz e até um dia.

Zélia e Arnaldo deixam Os Mutantes

setembro 22, 2007

 

Dinho Leme, Zélia Duncan, Sérgio Dias e Arnaldo Baptista

Quem viu, não verá mais. O mundo da música foi pego de surpresa hoje com o anúncio da saída de Zélia Duncan e Arnaldo Baptista, integrantes dos Mutantes. A volta do lendário grupo aconteceu em maio de 2006 em Londres. De lá para cá, Sérgio Dias, Arnaldo Baptista e Dinho Leme, integrantes originais da banda, adicionados por Zélia Duncan, haviam realizado uma grande agenda no mundo inteiro. Foram shows na Europa, Brasil e América do Norte, tocando sempre em festivais importantes.

A saída de hoje foi uma surpresa. Zélia e Arnaldo saíram e afirmaram que vazam, pois querem dar seguimento a suas carreiras solo. Zélia, que sempre tocou sozinha foi muito criticada por tocar com o grupo, se disse realizada e feliz em ter tocado com os mestres, porém declarou que seu lance é o seu trabalho solo. Não tinha jeito. Já Arnaldo, da mesma maneira, declarou via esposa de imprensa, que seu lance é solo e que estará escrevendo um livro sobre sua vida e uma obra de ficção, além de gravar com a Patrulha do Espaço.

Mais atônito ainda estava Sérgio Dias. O guitarrista declarou na imprensa que lamenta muito a saída dos companheiros, porém Dias afirma que o grupo segue, mesmo sem eles. Dinho pelo visto continua.

A volta dos Mutantes, sem Rita Lee, foi muito criticada em 2006, entretanto os mais nostálgicos como eu, haviam aprovado a apresentação Londrina que virou DVD. Foi muito bom ver novamente os irmãos Dias/Baptista juntos no palco e foi bom ver a felicidade estampada na cara de Arnaldo, o irmão que quase foi pra cidade dos pés juntos nos anos 80. Mas a saída de dois integrantes, deu a entender que Sérgio Dias ainda é o mesmo personagem que leva o nome dos Mutantes na veia, mas que ainda não se ligou que sozinho ele não é a principal atração.

Faichecleres em Blumenau

setembro 21, 2007

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 O último evento da Barba Ruiva Produções neste mês de setembro acontecerá na semana que vem, mas a gente já adianta o cartaz. O Faichecleres tocará no Pub Donna D no dia 29. É a oportunidade para a galera do Vale do Itajaí conferir o novo baixista/vocalista. A propósito. Por onde andará Giovanni Caruso, ex-integrante da banda? Se você tem alguma informação, passe para gente.

Autoramas no Inferno

setembro 21, 2007

O Inferno é um dos lugares mais badalados da Rua Augusta em São Paulo. O povinho rock curte a beça esse bar. Neste sábado o Autoramas (RJ) estará tocando no Inferno Club. Se você é da região de sumpa. Vá lá o coisa ruim!

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22/09, sábado – São Paulo/SP
Local: Inferno Club
Endereço: R. Augusta, 501  

Horário: a partir das 23h00
Preço: R$ 20,00 / 15,00 com flyer ou nome na lista (lista@infernoclub.com.br)

Fone: (11) 3120-4140
Site: www.infernoclub.com.br

O tempo de Mr. Macca

setembro 21, 2007

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Ele não para. Aos 64 anos, o ex-beatle Paul McCartney sempre está com a mão na massa. Agora um DVD triplo com uma antologia de toda sua carreira solo. Imagens de 1970 até o presente. Segundo o site Beatles Brasil, os DVDs serão lançados em outubro na Europa e nos EUA. Aqui, bom, aqui a coisa demora um pouco, mas sai.

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Capa do DVD trilho que contará com shows, clipes e especiais de TV

Toscotube – Os vídeos mais toscos postados no YouTube

setembro 20, 2007

O ToscoTube está de volta.

Uma coisa eu posso me orgulhar. De ter escrito uma frase de efeito. Então vamos lá: “O You Tube é a melhor televisão do mundo”.

E a frase não deixa de ser verdadeira. No tubo da net, tudo é possível encontrar.

Até mesmo coisas toscas como o clipe de We Are The World, de 1985.

O single gravado por diversos artistas americanos contra a fome na Africa, é um desfile de gente como Jacko e sua imensa família, Bob Dylan, Diana Ross, Ray Charles, Bruce, Tina Turner, enfim, toda a catrefa dos anos 60, 70 e os então atuais artistas da “hora” dos anos 80.

A música até que é legal, mas foi uma tremenda furada para tentar reviver carreiras já no fim e injetar um nitro em carreiras no início, como de jacko.

A música foi relembrada no país recentemente, onde a frentista de um posto de gasolina da Baixada Santista, Sol, interpretou num inglês pior do que o macarrônico, a música. “Iar nuou” , foi cantada para todo o Brasil, ao vivo pela “inguinorante” BBB.

pior pra nós…

iPod mais barato?

setembro 20, 2007

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A empresa de informática Greenmax, importadora dos famigerado e desejado iPod, da Apple, espera reduzir o preço do aparelho que tomou conta do mundo. Segundo o site Globo.com, com a vinda do novo iPod Touch, a empresa espera reduzir o preço dos demais aparelhos, inclusive do próprio touch. O Brasil tem a vergonhosa primeira posição do iPod Nano mais caro do mundo e a empresa tem interesse em popularizar os produtos da Apple em nosso país. O Touch será lançado depois do Dia das Crianças. Um presentão paras os marmanjos.

EcoTschumi: rock and roll ecológico

setembro 19, 2007

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 Paz, amor e ecologia: Carol, eu e Xine num dos Tschumistock da vida. Fabito do lado.

Festival, rock and roll e natureza. Não estamos falando do Live Earth e sim da novidade do Tschumistock 2007: EcoTchumi!

Você já pensou em curtir um acampamento, rock and roll independente, amigos e ainda de quebra cuidar da mãe natureza? Isso pode até não ter passado pela sua cabeça, mas chegou até a nossa e lhe apresentamos a novidade do Tschumistock 2007: o EcoTschumi!

O festival de rock dos dias 9,10 e 11 de novembro, em Rio do Sul, vai contar esse ano com o EcoTschumi. A proposta é desenvolver atividades no Tschumistock, seguindo as tendências atuais de responsabilidade ambiental. Vamos realizar uma série de atividades e adequações na infra-estrutura para atender a esse propósito. Será um rock and roll bem mais verde, um festival ecologicamente correto.

Quem vier para o festival vai receber um flyer com explicativos e dicas ambientais junto com uma semente de árvore nativa recebida na hora da compra do ingresso. Ainda para garantir que nenhum desajuizado jogue nosso material no chão, estarão distribuídas em toda a extensão do sítio lixeiras específicas para o material reciclável.

Será realizado também, entre os horários das bandas, palestras rápidas de conscientização sobre o tema, porque o que todos querem é rock. Já para aqueles que não curtem muito “blá blá blá” e preferem aproveitar o contato direto com o natureza haverá tracking com instrutores pelas trilhas que o sitio dos Tschumi contempla.

Uma outra novidade do EcoTschumi é a criação pelos nossos eco-roqueiros de um medidor de consumo de energia e da produção de lixo do festival, que especificará a quantidade de carbono – CO² – emitida durante os três dias de rock. A intenção dos eco-roqueiros é converter essa quantia em mudas de árvores nativas, que serão plantadas em áreas de Preservação Permanente para seqüestrar este Dióxido de Carbono.

Fonte: Assessoria Tschumistock 2007

Comentário: Hummm, acho que o Al Gore vai ficar com ciúmes…

3 mil acessos

setembro 19, 2007

O blog Mundo47 chegou hoje nos 3 mil acessos.

Obrigado a todos, que todos os dias entram neste espaço.

E o rock continua!

Sex Pistols tocarão em show único

setembro 19, 2007

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Hã, tá virando moda já. Primeiro foi o Pink Floyd na sua rápida aparição no Live8. Agora em 2007 outros dinossauros dos anos 70 estão de volta para o rock. Genesis anunciou turnê, não rola apenas uma apresentação, mas várias. Led Zeppelin em apresentação única, com mais de 20 milhões de acessos ao hotsite criado para compra de ingressos e agora é a vez do Sex Pistols, ícones do punk inglês, subirem no palco para única apresentação.

Diferente do Floyd e do Zeppelin, que se encontraram para comemorações nada usuais da banda, o Pistols retorna com sua formação original para comemoração dos 30 anos de lançamento do primiro disco “Never Mind The Bollocks, Here’s The Sex Pistols”, lançado em 1977.

Os quatro membros originais do grupo –Rotten, Steve Jones (guitarra), Paul Cook (bateria) e Glen Matlock (baixo)– tocarão no show. Os Sex Pistols se separaram em 1978, apenas três anos depois da formação do grupo, ícone da geração punk. A banda voltou a se unir em 1996 e não se apresenta ao vivo desde uma turnê de três semanas pela América do Norte em 2003.

O álbum “Never Mind The Bollocks”, que provocou muita polêmica na época do lançamento, é considerado uma peça essencial da história musical britânica. Inclui, entre outras músicas, a versão ácida do hino britânico “God Save The Queen”, “Anarchy in the UK” e “Pretty Vacant”. O álbum foi relançado por ocasião do 30º aniversário.

Com certeza vai rolar um DVD desse encontro, como o do Zeppelin. Agora o lance é apostar suas fichas na próxima banda que irá voltar.

Guitarristas de Penhasco

setembro 18, 2007

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Com tanta coisa inútil no Orkut, porquê não criar mais uma?

 http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=39292733

Expresso Rural retorna para show único

setembro 18, 2007

 Os pioneiros do rock rural em Santa Catarina

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 Visual “The Band”: Início em 83 com “Nas Manhãs..”

Em 1983, em plena época das enchentes, o estado de Santa Catarina via nascer uma banda de rock. Uma das primeiras que teve apoio da mídia no estado e que inaugurou o chamado “rock rural” por nossas terras. O estilo não é exclusivo de SC, pois como todos já devem saber, bandas como O Terço, 14BIS, Sá e Guarabyra, já haviam dado esse clichê para o novo estilo, porém, de acordo com o jornalista Fernando Rosa (SenhorF), o maestro Rogério Duprat já havia iniciado algo com os Mutantes.

O Grupo Expresso,  mais tarde chamado Expresso Rural, lançou no ano das enchentes o seu primeiro disco. “Nas Manhãs do Sul do Mundo”, título da primeira faixa de trabalho do disco, teve uma grande aceitação e radiodifusão. Com integrantes originários da serra catarinense, o Expresso foi rapidamente absorvido pela mídia – leia-se RBS TV – que há pouco tempo havia se instalado no Estado e ainda não haviam descoberto muitos talentos artísticos na área da música. Juntamente com o Grupo Engenho e Tubarão, o Expresso era um dos mais populares grupos de rock de SC.

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Foi uma das primeiras bandas com sucesso em SC  

Ainda no início da carreira, o grupo teve um especial de uma hora na TV RBS, onde praticamente todas as músicas do grupo, renderam videoclipes, bem naquele estilão de televisão, mas eram clipes. Alguns com uma boa produção, outros nem tanto. Duas músicas do disco participaram da coletânea da Som Livre ‘Som Brasil‘ e da Estadual Som da Gente‘, sendo que muitas músicas do disco até hoje recebem regravações por vários artistas de SC e RS.Melodias fáceis, na grande maioria de Daniel Lucena, com um apoio vocal bem cuidado fizeram do disco um dos mais vendidos da época. Lançado em Dezembro de 1983, até hoje é procurado, e apesar de ter sido relançado em CD, o original ( em vinil ) é um ítem raro.O rótulo de rock rural não foi a toda, porém a banda classifica suas músicas como experiências de country e por vezes o reggae. Ainda sob os efeitos dos anos 80, vieram baladas e canções com mensagens ecológicas. O disco de estréia também passou pela censura e a música “Flodoardo”, sobre um sapinho sem vergonha que só fumava maconha, foi deletada da edição final do disco.

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 Integrantes da formação original que irão se apresentar no dia 03 de outubro no CIC  

Em 1984,  gravam seu 2º LP, ‘ Certos Amigos’,  excursionam pelo Estado e fazem uma breve experiência na Espanha, no ano seguinte. Logo após, em 86, Daniel dá um tempo na banda, e em seu lugar assume os vocais Norton Makowiek, quando partem para a Inglaterra para  gravar o que seria o seu 3º disco.   Mas problemas  no país adiaram o  lançamento para mais de um ano depois, onde as  músicas foram  lançadas  em um projeto  conjunto   com outro grupo da cidade  – ‘Tubarão´ -,  com Maurício Cavalheiro nos vocais.  Depois de um tempo parada,  a Banda  acabou se reencontrando em 1991  para um único show de comemoração dos 10 anos em Floripa, juntando todos os componentes originais. A receptividade  foi tão  grande  que a  banda decidiu continuar daí.  Paulo Back  que já estava envolvido com o Get Back, viajou para a Inglaterra, sendo substituído temporariamente. Um  disco ao vivo  foi gravado, e em 1993 foi  lançado o derradeiro   disco de  estúdio e a banda parou  em 1995. 

A volta num show único

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Está programado para o próximo dia 03 de outubro a volta do Expresso para um único show no Teatro do CIC, em Florianópolis. Uma pena que será apenas um único show. Bem que o Teatro Municipal de Itajaí, um dos melhores da região e o Teatro Carlos Gomes, poderiam receber o Expresso para a comemoração dos 25 anos de carreira dessa turma.

Assista ao clipe: “Nas Manhãs do Sul do Mundo”

   


 Em breve maiores informações:

Ringo Starr no Thebeatles.com.br

setembro 17, 2007

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Vale a pena conferir no site Beatles Brasil, a excelente matéria do Cláudio Teran, em sua coluna Pop Go The Beatles.

Ringo Starr e o excelente álbum Photograph.

www.thebeatles.com.br

Válvula Rock: Só não briguei, pois sou pacífico

setembro 17, 2007

O que foi aquilo ontem?

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Jimmy do Matanza regendo o caos no John Bull no domingo

Meu domingo começou assim: Acordei com ressaca do excelente show do J.J Jackson no Espaço Deck e rumei para a casa da patroa. Depois do almoço uma rápida viagem até Blumenau para fazer o concurso do Banco do Brasil (não me imagino um bancário), pois então, fiz. Na volta fui conferir a reta final do Festival Válvula Rock que aconteceu neste domingo, no John Bull Pub em BC.

Primeiramente eu nunca tinha visto tanta gente, o povo da camisa preta, lotando um lugar onde a cerveja long neck é R$ 4,00. No cardápio roqueiro bandas da região como a galera do Anti-Heróis e bandas da cena indepedente do Brasil. Walverdes (RS) e o prato principal, Matanza (RJ).

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Surpresa: Itajaienses do Anti-Heróis fazem um show histórico

Cheguei no finalzinho da apresentação do Anti-Heróis e vi o vocalista Marquinhos coordenando o esporro e incitando o hard-core pesado investido pelo quarteto. Após a bombástica apresentação dos itajaienses, o Walverdes sobe no apertado palco do JB para implodir ainda mais o ambiente. Há mais de 10 anos na estrada, os gaúchos liderados pelo guitarrista e vocalista Gustavo Mini, destilaram seus maiores hits, enfim, depois de um domingo resolvendo 150 questões de um concurso público, assistir o Walverdes é extremamente relaxante, acredite.

O bar estava lotado. Até mesas e cadeiras, tradicionalmente postas em dias normais, foram tiradas para abrigar o grande público que se amontoava na frente do palco e que no final do show do Walverdes já reivindicava a vinda do Matanza para o pedestal do rock. Conheço Matanza pela internet e de algumas entrevistas da MTV. Tipo, não é a minha banda predileta, porém a escuto com entusiasmo, sempre que posso. Eu não imaginava que em Santa Catarina, esses cariocas tinham tantos adoradores, sinceramente não pensava e não levava fé. Imaginava que o show seria como aqueles protagonizados por outras bandas que fezem sucesso no independente, que quando tocam em BC, tocam para uma platéia atônita e que pouco se empolga com as bandas.

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Walverdes descem o sarrafo e destilam suas melhores músicas

Ontem foi diferente. Uma manada de fãs gritavam o nome da banda com os punhos para cima da cabeça. A banda se apronta e inicia os primeiros acordes com o público em franco delírio. Quando a figura do vocalista Jimmy surge no palco, o mar de roqueiros inicia aquele processo de empurra-empurra que mais parecem ondas humanas, loucas para chegar mais perto do palco. Com os acordes demoníacos e com os punhos levantados, Jimmy envoca os espíritos do mau, Matanza está no palco.

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Sim, ele é muito mau e vai bater em você, sua bicha!

Para quem estava vendo a banda de cima, pude nitidamente crer que a proposta dos cariocas é a mais malévola possível. Rock, bebida, bar, putas e brigas, muitas brigas. O público em si, claro, não fechava o punho e dava uns nos outros, mas o empurra-empurra foi natural e os chutes eram clássicos. O mar de gente ia de um lado para o outro, muita gente se jogando do palco, caindo na galera, enfim, a vontade era de descer e soltar o sarrafo nos primeiros que eu visse na frente. Mas minha índole pacífica e com quase 30 na cara não me deixaram cometer tal ato. O jeito mesmo era apreciar e cantar com todas as forças, as canções calhordas e desgraçadas do Mataza. Como disse o Kaly, da banda Stuart e que estava no recinto, a mistura de hardcore, heavy metal e Jonnhy Cash do Matanza, dá para a banda o título do melhor show de rock do Brasil. É, acho que o Kaly não tava mentindo…

PS: Vale agradecer e salientar os evento produzido ontem pela galera do Festival Válvula Rock (Flávio e Anderson), que estão fazendo altas fextênha rock na região BC/Itajaí. Wrock pra vcs caras!!!!

Ainda nesta semana: fotos deste show do Matanza e Walverdes